terça-feira, 20 de janeiro de 2015

7 soluções práticas para reduzir os custos da sua empres


Por Bárbara Ladeia - iG Economia 

Conheça as pequenas mudanças que você pode fazer na sua empresa para melhorar o resultado da operação

Wavebreak Media/Thinkstock
Olhe sua empresa bem de perto
Boa parte dos resultados de uma empresa está na melhora do faturamento e do lucro, é verdade. Mas outra parte muito importante da gestão dos negócios está também no controle de custos.
Nem sempre é preciso cortar pessoal, mudar o escritório para um lugar mais barato ou tomar alguma outra medida drástica para botar os gastos da empresa nos eixos. Há pequenas mudanças que podem aliviar as contas corporativas.
Fernando Macedo, especialista em redução de custos da Expense Reduction Analysts (ERA), indica começar pelo mapeamento e estudo dos gastos essenciais para a companhia. “Só essa análise já é uma virada de mesa”, aponta. “Cada empresa gasta de um jeito, é impossível generalizar os métodos de correção, mas a análise é sempre um bom ponto de partida.”
Comece olhando quais são os itens fundamentais para a operação, como o pagamento do pessoal, as matérias-primas e todas as despesas sem as quais o seu negócio não entrega o produto ou serviço final. Na sequência, eleja os itens que são periféricos à operação, mas são também importantes. Por fim, liste as despesas periféricas e pouco importantes para o negócio central.
Por fim, adote um modelo de orçamento base zero – ou seja, gaste o que precisa e não o que tem. “Já cansei de ver gestores de grandes empresas comentarem "precisamos gastar esse dinheiro para não cortarem do nosso budget ano que vem" e não é assim que se fazem as coisas”, diz.
Macedo sugere alguns pontos de atenção mais comuns para os gestores ficarem de olho:
1 – Relação com os fornecedores
Sabe a regra máxima da cotação com os fornecedores – faça três e escolha o melhor preço? Ela não é suficiente. Somos extremamente suscetíveis à simpatia de quem está do outro lado da linha e não seria de se espantar se rapidamente um fornecedor acabasse se tornando o preferido – e também o mais freqüente. “Existe uma acomodação que precisa ser quebrada”, diz o especialista.
Para romper com esse ciclo, a sugestão de Macedo é um rodízio de funcionários responsáveis pela elaboração dos orçamentos. “Se você estabelecer isso como um processo interno, não perderá oportunidades de melhores negociações”, garante o executivo.

2 – Coordenação das compras
E fique alerta: se alguém se mostrar muito incomodado com essa opção, pode haver algo mais por trás da escolha de fornecedores.
Não tenha dúvidas: é sempre melhor centralizar o departamento de compras. Além de ganhar descontos nas aquisições em larga escala, você evita as compras repetidas e picadas ao longo do mês. “Se suas compras são centralizadas, você ganha nas duas pontas – na escala e na redução de perdas”, diz Macedo.
3 – Uso de água
Em São Paulo, a discussão do uso da água nunca foi tão presente e necessária. Mas vale lembrar que não se trata apenas de uma questão ambiental, mas também financeira. Colocar sistemas de reuso e captação podem ser providenciais nesse momento de crise. “Os benefícios chegam a todos”, aponta Macedo.
4 – Uso de Energia Elétrica
Sensores de presença e células fotoelétricas para acionamento da luz apenas quando falta a luz do dia podem ser um investimento razoavelmente caro. No entanto, no longo prazo a redução pode aparar os custos de infraestrutura.
5 – Limpeza
A depender da sua necessidade, a terceirização pode não ser um bom negócio. “Tenho uma grande empresa hoje voltando para a contratação interna de equipe de limpeza”, diz o especialista. Importante mesmo é saber – e calcular – o porquê da escolha. “Não adianta terceirizar o problema se isso for criar outra questão.”
7 – Telecomunicações
A parte de telecomunicações é, para o especialista, o ponto nevrálgico dos gastos da empresa. Evite promoções milagrosas e escolha planos que se adeqüem a sua empresa e não o que aparece como a maior vantagem disponível no mercado. Esqueça essa de dar um celular para cada gerente ou diretor da empresa – nem sempre eles geram receita quando estão em trânsito.